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A cascata das Aguieiras é observável a partir de miradouro integrado nos Passadiços do Paiva encontrando-se inserida numa área designada pelos praticantes de desportos de águas bravas no rio Paiva por «Garganta do Paiva» (G36), que geologicamente define o troço em que o rio se encaixa em canhão no granito de Alvarenga. Esta cascata é formada pela queda de água da ribeira das Aguieiras, resultando da confluência de diversos tributários que atravessam a freguesia de Alvarenga. Após percorrerem parte considerável desta freguesia, as águas desta ribeira caem vertiginosamente pelas escarpas graníticas que ladeiam a margem direita do rio Paiva através de um conjunto de desníveis que totalizam cerca de 160 metros. A origem desta queda de água é condicionada pela rede de fraturação ortogonal deste maciço granítico, desconhecendo-se a existência de outros elementos estruturais que condicionem a mesma. Neste sentido, a ribeira das Aguieiras terá aproveitado uma fratura no granito de Alvarenga, uma linha de fragilidade que permitiu o seu encaixe.
Sobre este miradouro é, também, possível observar o cabeço rochoso onde se encontra implantado o «Castelo de Carvalhais», um castelo roqueiro da época da Reconquista (Séc. IX-XII), reduto defensivo e estrategicamente posicionado, provavelmente destinado a controlar a travessia do rio Paiva, uma importante barreira morfológica entre as margens do Douro e o vale de Arouca.