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O Vau é um geossítio situado, aproximadamente, a meio dos Passadiços do Paiva, no qual o corpo granítico de Alvarenga tem a sua terminação sul, nas proximidades da «ponte suspensa», onde outrora existiu uma barca que fazia a travessia entre Canelas e Alvarenga. Nesta área de recreio e lazer encontramos uma rocha designada corneana, formada pelo metamorfismo de contacto provocado pela intrusão granítica, há cerca de 300 milhões de anos. A partir do Vau o rio Paiva escavou um vale mais largo e, por isso, a energia das águas passa a ser mais reduzida. Isto deve-se ao facto da generalidade dos metassedimentos encaixantes serem mais facilmente erodidos que o granito.
No Vau ocorre, ainda, a foz do ribeiro do Fontão, que após percorrer um vale de fratura que se estende, pelo menos, desde a aldeia da Estreitinha até ao Vau, cai em cascata.
Na área deste geossítio preserva-se, ainda, uma galeria ripícola bem conservada constituída, maioritariamente por amieiros, freixos e salgueiros, que são o habitat para diversas espécies animais como o guarda-rios, a salamandra-lusitânica, o lagarto-de-água, a borboleta Apatura ilia ou a libélula Macromia splendens.
Na sombra deste «corredor verde» vivem também diversas plantas herbáceas como o feto-real ou o vulnerável Anarrhinum longipedicellatum (endemismo lusitânico).
O Vau é, ainda, um local de eleição para a fruição de bons momentos de lazer e também ponto de partida (troço Vau-Espiunca) e chegada (troço da Garganta) para os praticantes dos desportos de águas bravas que se realizam no rio Paiva.