Minas de Rio de Frades


Alimentando a fúria dos alemães

A exploração de volfrâmio e estanho na área das Minas de Rio de Frades remonta, pelo menos, ao ano de 1915, altura em que foi concebido o primeiro alvará de exploração mineira para esta área. O jazigo de W-Sn de Rio de Frades situa-se ao longo de um sistema de falhas, com direção aproximada N-S, ocorrendo em rochas metamórficas ante-ordovícicas e a ocidente do plutonito de Regoufe. Os efeitos metassomáticos provocados pela proximidade, em profundidade, de uma apófise do granito de regougue no extremo da auréola de contato com rochas metamórficas referidas, terão sido os responsáveis pela mineralização de folões de quarto, rica em volframite (a mais abundante), cassiterite e, mais raramente, scheelite. A arsenopirite é o principal sulfuroso identificado, ocorrendo outros como a pirite, esfalerite, marcassite, pirrotite, estanite e bismuto nativo.

Em 1923 foi fundada a Companhia Mineira do Norte de Portugal que, por funcionar com capitais alemães, ficou conhecida com a <<Companhia Alemã>>, dedicada à exportação de volfrâmio destinado a esse país. Em 1941 ocorreu o período de maior atividade de exploração e exportação de tungsténio para a Alemanha, tendo nesse período de exploração do jazigo aqui acorrido pessoas de todo o país.

Sendo a empresa mineira com maior número de concessões e, consequentemente, uma maior área territorial, a <<Companhia Alemã>> efectuo a maior parte dos investimentos e benfeitorias da região, destacando-se um posto de transformação elétrica, uma central compressora com compressores elétricos muito potentes, e até um quartel provisório para a  GNR. Houve também um elevado melhoramento das condições sociais das instalações, tanto para o pessoal dirigente como para os operários, nomeadamente a construção de mais e melhores casas, de um posto de socorros e de um consultório médico, de uma cantina, de uma barbearia e balneário, com compartimentos para homens e mulheres, além de obras gerais de saneamento. 

As ruínas das explorações e instalações mineiras de Frades encontram-se dispersas por três núcleos principais, que se recomenda serem percorridos a pé. Estas três áreas em destaque são: a) a aldeia tradicional com casas de xisto; b) o <<Bairro de Cima>>, um conjunto de antigas residências do pessoal técnico e administrativo das minas, algumas delas ainda hoje ocupadas; c) núcleo principal da área de trabalho das minas, localizada no fundo do vale, constituído pelo edifício do escritório, postos de socorros e consultório médico, lavaria, tanques de decantação, oficinas e outras instalações técnicas e, ainda, a capela de Santa Bárbara em estado de ruínas. Nas encostas que enquadram o polo mineiro encontram-se ainda vestígios de antigas habitações de mineiros e armazéns, bem como inúmeras galerias, das quais se destaca a galeria do vale de Cerdeira que, segundo os registos históricos e a memória popular, terá sido a mais produtiva em volfrâmio de entre todas as concessões mineiras de Rio de Frades.

Na atualidade é passível de ser atravessar esta galeria deparamos com uma bela queda de água na ribeira afluente do Rio de Frades. Refira-se, ainda, que o Rio de Frades constitui um rio de eleição para a prática de canyoning no território Arouca Geopark.


Informações úteis

Rio de Frades, União de Freguesias de Albergaria da Serra e Cabreiros
330 m
40,515318 | -8,170646

Outros geossítios

_MG_9935.jpg
1

Panorâmica do Detrelo da Malhada

Explorar
Côto do Boi
2

Côto do Boi

Explorar
S. Pedro Velho
3

S. Pedro Velho

Explorar
Marmitas de gigante
4

Marmitas de Gigante do Caima

Explorar
Contacto Litológico da Mizarela
5

Contacto Litológico da Mizarela

Explorar
Frecha da Mizarela
6

Frecha da Mizarela

Explorar
_MG_9717.jpg
7

Pedras Parideiras

Explorar
Dobras da Castanheira
8

Campo de dobras da Castanheira

Explorar
_MGL0623.jpg
9

Filão de Quartzo de Cabaços

Explorar
Torre Meteorológica 8.jpg
10

Panorâmica da Costa da Castanheira

Explorar
2600.jpg
11

Pedras Boroas do Junqueiro

Explorar
_MGL0754.jpg
12

Pias do Serlei

Explorar
Pedras Cebola 4.jpg
13

Quartzodiorito de Espinho (Pedras Cebola)

Explorar
Viveiros Granja 4.jpg
14

Bolas Quartzodioríticas dos Viveiros da Granja (Pedras Cebola)

Explorar
DSC06279.JPG
15

Minas da Pena Amarela

Explorar
123.jpg
17

Icnofósseis de Mourinha

Explorar
128.jpg
18

Livraria do Paiva

Explorar
Conheiros de Janarde
19

Conheiros de Janarde

Explorar
78.jpg
20

Meandros do Paiva

Explorar
Icnofósseis da área de Meitriz
21

Icnofósseis de Meitriz

Explorar
36.jpg
22

Minas de Regoufe

Explorar
_MG_8381.jpg
23

Portal do Inferno e Garra

Explorar
_MG_8240.jpg
24

Panorâmica da Senhora da Mó

Explorar
PO-01811_p106e107.jpg
25

Coleção de Fósseis do Centro de Interpretação Geológica de Canelas

Explorar
IMG_2616.jpg
26

Glaciação ordovícica

Explorar
IMG_2581.jpg
27

Afloramento do Silúrico inferior

Explorar
IMG_2653.jpg
28

Conglomerado do Carbónico

Explorar
96.jpg
29

Gralheira d'Água

Explorar
Praia fluvial do Vau
30

Vau

Explorar
IMG_5537.jpg
31

Gola do Salto

Explorar
Aspectos geotectónicos de Espiunca
32

Falha da Espiunca

Explorar
Icnofósseis da área de Vila Cova
33

Icnofósseis de Vila Cova

Explorar
Icnofósseis da área de Vilarinho
34

Icnofósseis de Vilarinho

Explorar
arouca_0206-27-2.jpg
35

Cascata das Aguieiras

Explorar
2.jpg
36

Garganta do Paiva

Explorar
15.jpg
37

Icnofósseis de Cabanas Longas

Explorar
pag122e123_1_Avelino.jpg
38

Mira Paiva

Explorar
Marco geodésico da Pedra Posta
39

Pedra Posta

Explorar
PedraMa2.jpg
40

Pedra Má

Explorar
Panorâmica da marco geodésico de Sobreiros
41

Panorâmica de Sobreiros

Explorar