Azevinho


Fotografia: © João Cosme

Nome científico: Ilex aquifolium

Descrição: Com porte arbustivo ou arbóreo, esta planta apresenta crescimento lento e raramente atinge alturas superiores a 10 m. Apresenta-se bastante ramificada e com forma piramidal, sendo o tronco liso e esverdeado, tornando-se acinzentado e rugoso, à medida que envelhece. As folhas são persistentes, de cor verde escuras e brilhantes, muito rígidas e, nos ramos das plantas jovens, com margens onduladas e espinhosas. As flores são pequenas (cerca de 8 mm de diâmetro), de cor branca ou ligeiramente rosada. As flores masculinas e femininas aparecem em árvores distintas (espécie dióica), sendo que a formação de fruto só ocorre no indivíduo feminino. O fruto é vermelho, liso e tóxico, especialmente para o ser humano.

Habitat: Bosques de folhosas, pinhais e margens de cursos de água.

Distribuição nacional:  Algarve, Beiras (Alta, Baixa), Douro Litoral, Estremadura, Minho e Trás-os-Montes.

Onde encontrar no Arouca Geopark:  Adaúfe; Espinheiro (PR3); Granja (PR4); Merujal (PR7); Souto Redondo (PR2); Tebilhão (PR6); Vila Cova (PR10).

Curiosidades:  O azevinho é uma das plantas mais utilizadas para as decorações natalícias. Pensa-se que este costume pagão vem dos tempos dos romanos. Segundo a história, o azevinho era a planta sagrada de Saturno, que a considerava símbolo de paz, saúde, proteção e felicidade. Na altura das Festas Saturninas, celebradas na antiga Roma, em honra de Saturno, ornamentavam-se as casas com ramos e coroas de azevinho, os quais depois de secos eram queimados (como símbolo de purificação).

Atualmente, as espécies espontâneas são protegidas (Dec-Lei 423/89 de 4 de dezembro), sendo proibida a sua colheita, o corte total ou parcial, o arranque, o transporte e a venda. Contudo, se desejar utilizar esta planta nas suas decorações, pode procurar o azevinho cultivado, junto de produtores devidamente registados no ICNF.