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Nas últimas semanas, a COVID-19 trouxe profundas alterações ao dia-a-dia
e funcionamento das instituições. Neste sentido, as visitas ao Piso Panorâmico
– da torre do Radar Meteorológico de Arouca (RMA) não foram exceção tendo, por
conseguinte, de ser reagendadas ou canceladas. As escolas e universidades são
um dos públicos frequentes nesta infraestrutura que recebeu, desde a sua
abertura, mais de 28.500 visitantes. A comunidade educativa tem para o Arouca
Geopark (e vice-versa) uma enorme importância, pelo que continuamos o contacto
de proximidade com os professores. Tendo em conta o pouco tempo disponível para
as instituições de ensino cumprirem os conteúdos programáticos e, uma vez que
os novos tempos exigem novas soluções, os meios digitais tornaram-se
ferramentas privilegiadas.
Assim, no passado dia 23 de abril decorreu um webinar (seminário online em vídeo) ao vivo, com alunos que frequentam a Unidade Curricular de «Climatologia e Mudanças Globais» do Curso de Engenharia de Ambiente, da Universidade Lusófona do Porto. Numa parceria entre a Associação Geoparque Arouca, AGA, e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, IPMA, foi apresentado a estes alunos o geossítio «Panorâmica da Costa da Castanheira», infraestruturado pelo RMA, orientado pela geóloga da AGA, Alexandra Paz. Já os princípios básicos de funcionamento dos radares e a Rede Nacional de Radares Meteorológicos do IPMA, onde se inclui o RMA, foram apresentados pela meteorologista do IPMA, Tânia Viegas.
O RMA foi inaugurado em fevereiro de 2015, sendo uma ferramenta
fundamental para os meteorologistas acompanharem as condições meteorológicas em
tempo real e a curto prazo (até cerca de 2 horas), fazendo o chamado
«Nowcasting». Este tipo de sensor permite detetar, com maior precisão, estados
de tempo severo (chuva e ventos fortes, granizo ou tornados), garantido uma
maior segurança das populações perante catástrofes naturais. Adicionalmente,
permite a monitorização de plumas de incêndio ou de outras partículas em
suspensão na atmosfera.